.´. Saudações .´.
A origem do Pavilhão Nacional remonta a quase 07 séculos atrás, mais precisamente em 1320, com a fundação da Ordem de Cristo em Portugal. Todas as Bandeiras adotadas em nosso território até a República carregaram a Cruz dos Cavaleiros Templários.
O verde e o amarelo entraram na nossa bandeira em 1822, num trabalho do famoso artista francês Jean-Baptiste Debret. O verde representava a Casa Real Portuguesa de Bragança e o amarelo, a Casa Imperial Austríaca de Habsburgo. O losango foi uma homenagem de Dom Pedro I a Napoleão.
Após a Proclamação da República, o Brasil adotou uma bandeira que copiava a americana, mas ela só durou quatro dias.
A atual Bandeira Nacional foi concebida em 1889, por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, e desenhada por Décio Vilares. É inspirada na bandeira do Império, porém com uma esfera azul-celeste e os dizeres positivistas "Ordem e Progresso" substituindo a coroa imperial. Foi o Maçom Benjamin Constant quem sugeriu a Raimundo Mendes a inclusão da inscrição extraída da fórmula máxima do Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", que se decompõe em duas divisas usuais - Uma moral, 'Viver para outrem' (altruísmo - termo criado por Comte), ou seja, por o interesse alheio acima de seu próprio interesse, e outra estética,
'Ordem e Progresso', ou seja, cada coisa em seu devido lugar para a perfeita orientação ética da vida social.
Originalmente, o interior da esfera representava o céu do Rio de Janeiro, às 20h30min do dia 15 de novembro de 1889, Dia da Proclamação da República. No entanto, em 1992, uma lei obrigou que todos os Estados, além do Distrito Federal, fossem representados por estrelas. A bandeira brasileira atual possui 27 estrelas, referentes a 26 Estados e ao Distrito Federal. Elas pertencem a nove constelações: Cruzeiro do Sul (5 estrelas), Escorpião (8), Triângulo Austral (3), Oitante (1), Virgem (1), Cão Maior (5), Cão Menor (1), Carina (1) e Hidra Fêmea (2).
Com o intuito de homenagear a Bandeira, um concurso público escolheu a letra de Olavo Bilac (1865-1918) e a música de Francisco Braga (1868-1945) como o Hino do mais famoso de nossos Símbolos Nacionais. Foi apresentado pela 1ª vez em 19/11/1906, e posteriormente a palavra "Varonil" foi substituída por "Juvenil".
Curiosamente, mesmo sem ser Maçom, Olavo Bilac também é o Patrono da Ação Para-maçônica Juvenil do Grande Oriente do Brasil - GOB. Vale o registro que a tradicional festa Maçônica Portuguesa, a Festa da Árvore, adotou o "Hino das Árvores" com versos de Olavo Bilac como seu hino oficial. Foi esta festa que originou o Dia Mundial da Árvore.
Por fim, a título de ilustração, convém lembrar que o Culto ao Pavilhão Nacional, nos Templos Maçônicos Brasileiros, foi instituído, originalmente, pelo Grande Oriente do Brasil, através do Decreto No 625, de 17 de Junho de 1920, e regulamentado na forma do disposto no Decreto No 1834, de 2 de Abril de 1959.
O Dia da Bandeira é comemorado em 19 de novembro, data que foi adotada pelo Decreto-Lei n° 4, de 19 de novembro de 1889, assinado pelos Maçons Manuel Deodoro da Fonseca, Aristides da Silva Lobo, Rui Barbosa, Manuel Ferraz de Campos Salles, Quintino Bocaiúva, Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Eduardo Wandenkolk, com o seguinte texto:
"- O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, considerando que as cores da nossa antiga bandeira recordam as lutas e as vitórias gloriosas do exército e da armada na defesa da Pátria;
Considerando, pois, que nossas cores, independentemente da forma de governo simbolizam a perpetuidade e a integridade da Pátria entre as nações;
Decreta:
a Bandeira adotada pela República mantém a tradição das antigas cores nacionais, verde-amarelo, do seguinte modo: um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera azul-celeste, atravessada por uma zona branca em sentido oblíquo e, descendo da esquerda para a direita com a legenda "Ordem e Progresso" e ponteada por 21 estrelas, entre as quais as da constelação do Cruzeiro, dispostas na sua situação astronômica quanto à distância e no tamanho relativos representando os 20 Estados da República e o Município Neutro. . .
- Sala das sessões do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil. 19 de novembro de 1889"
Em 1922, quando da revolta do Forte de Copacabana, Siqueira Campos retalhou uma bandeira nacional em 29 frações e as distribuiu aos soldados sublevados, que, em qualquer situação, isoladamente, podiam homenagear o Pavilhão Nacional e dele receber inspirações.
Quando da fundação de Brasília, criou-se um recanto para o culto coletivo de toda a Nação. Na Praça dos Três Poderes, está permanentemente hasteada uma Bandeira Nacional. Na base do mastro, as palavras:
SEMPRE NO ALTO, A VISÃO PERMANENTE DA PÁTRIA.
Olhando de longe para a Capital Federal, os brasileiros, nomeadamente aqueles de "peito juvenil" podem cantar:
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Fraternalmente,
Marcelo Brito
marcelo.brito@ig.com.br
esselamu aleikum wa ar-rahmat Allah wa barakat
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