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21 de agosto de 2002

Muito bem lembrado pelo Marcelo Brito, não devemos discutir o Ritual na Internet. Aliás, não devemos discuti-lo lugares inapropriados, pois ele deve ser interpretado apenas por nós.

Eu gostaria de deixar uma reflexão sobre os Segredos da Ordem DeMolay. Mas não estou pregando que nossos segredos devem ser revelados de forma alguma.

Como é dito em nossas Cerimônias Públicas, apesar de termos sinais secretos, palavras e modos de reconhecimento, não escondemos nossos princípios, virtudes e trabalhos do mundo profano; é público o nosso desejo de nos aperfeiçoar e trabalhar pela sociedade. Na minha opinião, nós devemos disseminar os ensinamentos aprendidos na Ordem DeMolay e não sermos egoístas. Afinal, o nosso propósito é um mundo melhor não apenas para nós, mas sim para todos. Digo isso porque há alguns que tratam com demasiado segredo as coisas que não são secretas (talvez haja até uma certa vaidade por pertencer a uma sociedade secreta, muitos inventam segredos apenas para se diferenciar da multidão, mais ou menos como "eu não posso te dizer isso, pois é um segredo, você nunca saberá"). Como exemplo, encontramos muitos livros sobre maçonaria e Ordem DeMolay que são vendidos em livrarias e podem ser comprados por qualquer pessoa. Estes livros, em geral escritos por DeMolays e maçons, dão visões gerais sobre o funcionamento da Ordem e/ou da Maçonaria e algo sobre simbologia, entre outros tópicos. Vale ressaltar que muitas das coisas que fazem parte de nossos estudos vieram de tempos antigos, sendo compilações dos valiosos ensinamentos que se perpetuam pela Humanidade através dos tempos. Ou seja, em livros de história e/ou religiões, podemos encontrar relacionamentos interessantes com nossas idéias.

O afastamento entre a sociedade e a Ordem DeMolay e/ou Maçonaria, a meu ver, é em grande parte causado por mal entendidos. Um grande passo seria separar o que é segredo e o que não é segredo. Penso eu que aquilo que está em livros vendidos ao público profano não é segredo; logo, não há motivos para escondermos a história de Jacques DeMolay, por exemplo. Além disso, alguns dos símbolos também têm origens que podem ser encontradas na literatura geral, histórica; e há outros tópicos tratados em livros de domínio público.

Quando alguém perguntar o que você faz em suas reuniões capitulares, convide-o para assistir a uma reunião pública. Além disso, se alguém perguntar quem foi Jacques DeMolay ou perguntar alguma outra coisa que não seja secreta segundo o Ritual, tenha a bondade de explicar para a pessoa e/ou indicar bibliografia. Isso sim é promover a Ordem DeMolay. De nada adiantaria sermos apenas um grupo fechado e isolado da sociedade se nós queremos ajudar-nos e ajudar à própria sociedade. Talvez, erradicar estes mitos sobre o que é segredo e o que não é segredo seja um grande ponto a favor de conseguirmos novos membros e engrandecer ainda mais nossa Ordem.

Por fim, não se sintam melhores do que ninguém por conhecerem a Ordem DeMolay. Sintam-se privilegiados. Temos em nossas mãos uma oportunidade única de crescimento, novos e verdadeiros amigos, aprendizado para toda nossa vida e muito mais. Não devemos ser egoístas. Precisamos compartilhar isso com todos os que desejarem e estiverem aptos. Apenas para colocar em números superficiais, somos algo em torno de 60 mil DeMolays no Brasil. A população brasileira está por volta de 160 milhões. Logo, representamos mais ou menos 0,0375% da população. Vai me dizer que isto não é privilégio?

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