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21 de março de 2009

Nova Série: Símbolos da Ordem - Parte 1: Conselheiros e seus Malhetes


"O Bastão do Mestre de Cerimônias é como um para-raios de energia".
"Os Diáconos têm pombas para poderem andar pelo Capítulo". 

Essas são algumas interpretações "simbólicas" sobre alguns emblemas e objetos de trabalho da Ordem DeMolay. Estão erradas
? São verdades? São as mais profundas besteiras? Muito difícil responder.

O autor de nossos Rituais, Frank Marshall, nos deixou quase nenhuma literatura, principalmente sobre nossos símbolos. Acrescente-se a isso o fato de muitos deles terem sido alterados ao longo das décadas sem muita explicação e como resultado final temos uma salada de gosto bem duvidoso.

Assim, iniciarei uma série sobre nossos símbolos, adornos e materiais usuais de nosso Ritual DeMolay. Deixo muito claro que esses textos não representam posição oficial nenhuma, mas somente os resultados de minha pesquisa. Sempre que possível, citarei as fontes e estimulo amplamente o debate, acréscimos e sugestões.

Vamos lá:


1. Conselheiros e seus Malhetes

"Talvez nenhum material ou símbolo em Loja é possuidor de interesse tão profundo e absorvedor aos membros que o malho ou malhete do Mestre. Nada em toda a extensão de apetrechos e fórmulas Maçônicas pode se vangloriar de uma antiguidade tão inequivocadamente remota", de acordo com Joseph F. Ford, em Early History and Antiquities of Freemasonry

Num senso inicial, o Malhete simboliza autoridade, comando e coordenação do Mestre Conselheiro e, em menor grau, dos Primeiro e Segundo Conselheiros. Não são cruzados por estarem em repouso, mas sim por serem dois, denotando esse "poder". 

Com esse sentido, o malhete é tão antigo quanto a mitologia. Um dos mais conhecidos representantes é o deus germânico Thor. Além disso, esse Martelo controlava também os raios e trovões, iluminando tudo ao seu redor. Na mitologia Indiana, o deus Parashurama toma posse da terra ao jogar um machado sobre ela. 

Poucos certamente são os Capítulos que aceitariam um desrespeito de seus membros às instruções dadas pelo Mestre Conselheiro através das batidas de seu Malhete, que coordenam os membros como um general faz com suas tropas. 

Esse é um símbolo e uma distinção conferidos diretamente por eleição, e os portadores dos Malhetes automaticamente se tornam os líderes desse grupo. 

Uma das maiores honras, se não a maior, que um Capítulo pode fazer a alguém que o visita é oferecer o Malhete para a condução dos trabalhos, apesar dessa ser uma prática desencorajada. 

2 comentários:

  1. E ai Irmão...muito interessante seu texto estou fazendo um trabalho sobre o cargo que estou ocupando atualmente que é do de mestre conselheiro, até agora sas infirmações que achei o seu texto foi o melhor e o mais interessante...

    Abração
    Vitor Bolis"
    Mestre Conselheiro do Capítulo Cavaleiros Templários União de Pirassununga nº 645, 13ªRegião Adm do Estado de São Paulo.

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  2. Olá irmão,

    parabens pelo belo texto, profundo e esclarecedor.

    entretanto, apenas como complemento, encaro a simbologia dos malhetes cruzados, como uma forma de equilíbrio, entre a força, como você disse, e a sabedoria, que todos Mestre (seja DeMolay ou não) deve ter durante a condução do trabalhos.

    volto a parabenizá-lo pelo belíssimo texto e espero que continue.

    Grande abraço,

    Lucas Fonseca
    Mestre Conselheiro do Capítulo Montes Claros n° 74, 2ª Oficialaria Executiva de Minas Gerais

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